segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Já passou 1 mês! Viva a chiquitita!!

Passou 1 mês, a minha pequenina já tem 1 mês, por várias razões nasceu dia 12 e ainda bem. E desde então... Ufa! Como hei-de começar?! Muitos de vocês sabem como poderá ter sido, alguns de vocês haverão de achar que exagero nas palavras e sentimentos e outros acharão pouco aquilo que aqui falo... Posso falar de várias coisas, primeiro dos sentimentos, o mais importante... Depois da chegada a casa o amor desvaneceu, pela casa, pelo marido, pelos cães e olhava a bebé com alguma surpresa e susto, pensei "raios, o que é que fui fazer", a segunda semana passou e muitas lágrimas correram, sim não tenho vergonha de o assumir. Terceira semana protecção feroz, ninguém fica com ela, só eu... eu faço tudo o que lhe diga respeito... Amor avassalador, que cresce a cada dia, organização no seu melhor, fazemos tudo juntas, até um xixi com ela ao colo, sim, afinal é verdade! Aqui dava jeito ter uma espreguiçadeira para a deitar mesmo ali à minha frente para poder estar descansada. E depois de falar na espreguiçadeira vou-vos dizer aquilo que comprei e tenho vindo a comprar que faz falta e aquilo que não interessa para nada, pois passado um mês já vai dando para ver.

Uma das maravilhas que comprei foi uma almofada de posicionamentos para a gravidez, foi excelente, escusava de ter um mar de almofadas à minha volta, tem uma zona de apoio às costas, à zona da barriga e para colocar no meio das pernas, e se na altura foi boa, agora serve de tudo e mais alguma coisa, para apoiar braços, para fazer de barreira, etc, foi cara, mas valeu o investimento. Toalhitas... nunca pensei prescindir delas, a sério... já experimentaram usar? É que aquilo é gelado e depois de desentupir a tripa e normalizar a frequência dos cocós sinceramente o resultado estava a ser algum rubor na zona da fralda, acabei com elas, só mesmo quando formos à rua (que pelo andar da carruagem também não vai ser assim a loucura, pelo menos enquanto o tempo não deixar), sou adepta das compressas 10x10, mais baratas e comprei também um termo que tem sempre água quentinha... Porque estar sempre a ir a correr abrir a água para aquecer também não estava a ser prático, e nestas alturas em que estamos sozinhas as duas precisamos de ser práticas. Para aquecer a água comprei há algum tempo um fervedor ou chaleira eléctrica, e sim dá jeito, no meu caso que dou leite adaptado é mais prático, sabemos que não há, neste caso, necessidade de ferver a água, mas convém alguma temperatura para misturar o leite, logo viva o fervedor!! No meu caso que tenho uma casa com dois pisos, arranjei muitas coisas a dobrar, pomadas a dobrar, termos a dobrar, chuchas a dobrar. Em relação aos produtos de higiene sempre tive uma queda pela marca Uriage, pelo cheiro e pela qualidade, e porque os meus sobrinhos sempre a usaram enquanto bebés. Gosto do gel lavante, e da água, infelizmente o linimento e o creme de muda da fralda não me está a encantar, primeiro o linimento não tem a gordura necessária que dizem e o creme não alterava o aspecto ruborizado da zona da fralda. Tinha comprado numa promoção a pasta de água da Eryplast da E45 Lutsine e estamos a gostar bastante. Com o tempo vou experimentando algumas linhas que me agradam, esperando que a pequena não tenha tendência às alergias como a mãe. As fraldas, talvez aquilo em que se investe mais, gastam-se mesmo muito, e estou a gastar a marca dodot sensitive, pelo menos para já... Lá mais para a frente vamos ver novas marcas, se for caso disso. O que não tinha e tenho feito à medida que vemos que não damos à conta, são os babetes impermeáveis, isto porque não está fácil a coordenação sucção na hora da paparoca. Molham-se colarinhos, babetes e fraldas de pano, que decidi cortar a meio e fazer mais pequenas porque são realmente muito grandes e assim não rende. Biberões são aos pontapés, temos da marca Avent, Chicco natural feeling, Nuby e tommee tippee... enfim, todos anti refluxo, anti cólicas, e baixo fluxo, mas este assunto fica para uma próxima publicação. 

O que comprei e nem uso por aí além é o termo chicco que foi super caro e não me serve de muito, não parece prático, nem mantém a temperatura lá muito bem. Tenho um trocador de fraldas da vertbaudet que é bem mais prático do que o do IKEA (que acabei por oferecer), acabo por usar resguardos de celulose quando nos deslocamos ou na parte de baixo da casa. A roupa ainda está à espera da pipoca crescer e não me arrependo de ter comprado tamanhos zero. Os tamanhos zero verdadeiramente pequenos são os da vertbaudet, mas se soubesse o que sei hoje tinha comprado babygrows dos desapertar na zona da fralda e não na zona das costas, a sério, onde estavam com a cabeça quando fizeram aquele modelo. Por muito habilidosa que me faça a mudar a fralda durante a noite é inevitável um abanão maior para desapertar e apertar aquilo. Em relação às quantidades e necessidades de roupa noto que no nosso caso a roupa suja-se mais pelo leite. Como estamos em casa só veste calças com pé, body, babygrow e anda com uma manta fininha de flanela sempre enrolada, dispensei as meias, andavam sempre a sair e não estava a ser prático. Tenho talvez meia dúzia para cada tamanho e só tenho até ao 1-2 meses porque nalguns casos são de 60 cm e a pequena ronda pouco mais dos 50 cm.  Na rua sai sempre com tudo o que já disse, mais um gorro e um casaco, e os casacos ainda bem que não foram pequenos porque por cima do babygrow ela ia ficar mesmo muito enchoiriçada.  

Nas últimas duas semanas deu para a Chiquitita ficar ranhosa, eu ficar ranhosa e na semana a seguir eu ter uma urticária por intoxicação alimentar. Custou a passar e somos fortes as duas, não foi fácil trocar a fralda e coçar a cara e o resto ao mesmo tempo. Esperando que tão cedo não apareça mais nenhuma maleita, estamos cá as duas, sempre juntas! O nosso mês foi assim, passou rápido, tal como as últimas semanas da gravidez. Tenho dias em que a desejava na minha barriga novamente para a poder proteger, mas cá fora o amor é tão maior e tão mais intenso, que apesar dos medos vamos conseguir.


sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

A escolha do nome!! Antes, durante e depois

Desde sempre gostei de alguns nomes, mais certos para meninos do que para meninas. Os nomes que outrora não me saíam da cabeça eram Benedita, Caetana, Gabriela, Jacinta, Luísa, Valentina e Vitória; e para meninos sempre gostei de Artur, Santiago, Mateus e Domingos. Ok são nomes pouco vulgares alguns deles é verdade, mas eu gosto. E aqui entra o facto dos pais gostarem, atenção às opiniões, é inevitável que as pessoas mais próximas gostem de opinar e dar a sua sugestão, às vezes é bom, outras vezes é péssimo. Também é válido pesquisar significados de nomes, para mim um blog que satisfaz é o Nomes e mais nomes, diz alguns significados, fala de pessoas na história que tiveram determinados nomes e fala de aspectos de curiosidades de nomes de famosos e afins.

Nos primeiros meses de gravidez pelos percalços nem de nomes queria falar... fosse o que fosse não havia qualquer hipótese, o que é certo é que este medo continuou mesmo depois de saber que o risco já estava reduzido e que ia ter uma menina. Até o sexo do bebé não me trazia expectativas... estava um pouco adormecida. Às 16 semanas já se adivinhava (quase certo) que era menina, mas só a partir das 24, 28 semanas começamos a falar de nomes. É engraçado que os avós dos dois lados nunca tomaram partido de nenhum nome, esperavam sempre pelo nosso entusiasmo para dizer que "sim, sim, é lindo...", o meu pai de acordo com o nome que estivesse na altura "on" dizia logo o nome com o "inha" à frente ;). A malta mais nova, irmãs, sobrinhos e pessoas que não conhecemos ou conhecemos mal (isto por aqui é tudo malta "amiga") gostavam sempre e muito de opinar. Então dizia eu ao meu marido "escuta... fica só entre nós...", mas nunca ficava, comecei a sentir um entusiasmo estranho em dar um nome à moça. 

Lá está, entusiasmo, coisa que não podia sentir (cabeça parva), logo decidimos que podíamos ter um leque de nomes, mas que só daríamos um nome à bebé no dia em que ela nascesse, o que revoltou meio mundo (olha a decisão dos pais minha gente!!!). Critérios para a escolha, não tínhamos a certeza se queríamos nomes compostos ou simples, mas era quase certo que seria simples (ou não...) e sabíamos, apesar de gostarmos de nomes mais lá para a frente, que seria um nome do início do abecedário (pancada da mãe, o nome do pai começa por A e o meu também), ora então a escolha pela ordem do abecedário por parte da mãe e do pai de forma unânime seria: Amélia, Benedita, Caetana (foi logo carta fora), Constança (nome presente em várias gerações da família paterna), Irene, Júlia (nome da minha bisa paterna), Vitória e outros tantos que apareceram e desapareceram assim num ápice ;). Foi giro, nos últimos meses adorei estar grávida, andava bem e estas conversas faziam-me rir, ou seja, já não queria saber muito porque estava a entrar naquela fase zen... 

Numa das idas ao CTG talvez nas 38 semanas uma enfermeira perguntou "então e é menina ou menino? e vai-se chamar como?" a resposta foi a mesma... só no dia em que nascer, a senhora ficou emburrada e lá respondeu em tom de graça que podíamos registar até um mês depois do nascimento. Ok amiga... ok... Na semana seguinte novo CTG, e nascia no dia a seguir. Enfermeiras que já conhecera nos tempos de estágio, auxiliares, a mesma pergunta... nada... até que uma auxiliar simpática perguntou, eu já estava a começar a ficar cansada que olhei para o A. e disse olha fica Francisca, e sim, este nome não está lá em cima na dita lista...tínhamos falado entre nós os dois e foi um pouco surpresa para todos.

Saímos do Alentejo com uma possível Júlia ou quiçá Luísa na barriga (tínhamos falado nesse nome à família mais próxima) e chegámos com uma Francisca. Ahahahah aqueles dois não tinham mesmo a certeza de nada.

Entretanto foram-nos perguntando se tinha cara de Francisca... tem a cara mais fofa, estou apaixonada por ela e não me importo que tenha o diminutivo de Xica, tem a cara dela independentemente do nome que fosse escolhido. Para mim dar um nome é de uma grande responsabilidade, identifica o indivíduo, influência na personalidade e define a pessoa enquanto ser. A verdade é que não há necessidade nenhuma de arranjar logo diminutivos, eu trato a minha filha pelo nome e não pelo diminutivo. Vai ter tempo de a chamarem por aquilo que ela gostar. Entretanto pessoas que mal conhecemos, mas que com certeza estão velhas e iguais há anos ficam intrigadas, mas "FRANCISCA PORQUÊ?? Maria vai já descobrir, tens de descobrir se existe alguém na família, pergunta à sogra, pergunta, vai lá saber raios... " (isto pode dar cabo dos nervos das velhas ok?!) resposta da sogra: é Francisca por causa do Papa Francisco. Ok gostei da resposta e o Papa até é um simpático por isso acho a resposta excelente. 

Resumo em jeito de conclusão: Dar o nome aos filhos só aos pais diz respeito, seja feio, seja bonito é a escolha dos pais. Existem formas simpáticas, em especial nesta fase que na maioria é de felicidade estrema, de concordar com o gosto dos pais. Revela educação e amizade. Se se gostar boa, se não se gostar boa na mesma. Não vamos baralhar mais, especialmente quando medos e stress influenciam nas decisões importantes a tomar.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

"Baby blues" ou as hormonas aos saltos!!

A bebé nasceu, ambicionei um parto normal, fiz tudo para que fosse normal. Emagreci, controlei a dieta, caminhei... ambicionei de mais, mas no momento em que já estou há 12 horas em trabalho de parto peço ao médico que avance para a cesariana, ela não está nem perto nem com vontade de sair... Estava estranhamente calma, senti tudo, repuxa para aqui e para ali. Nasceu e chorou logo... pensei, já cá está... chorei muito, fiquei com as lentes dos óculos embaciadas (levei os óculos, é verdade...) a minha frase foi " é tão pequenina!"... depois desapareceu tudo e fiquei a ser cosida (soa mal, mas eu senti-me assim mesmo) sozinha, com frio e muita comichão.... o meu pensamento foi que tinha chorado e que não ia ter medo de ser mãe e de amar a minha filha... Passados três dias chegamos a casa, à realidade que nos esperava, e o click, atrás da porta de casa esperava também o baby blues. Pensei logo que ia ter uma depressão ou coisa parecida, meti na cabeça que sim, e mesmo que não quisesse tive. Foi uma mistura de melancolia, desespero, medo de ficar com a bebé e falhar, raiva por ter dúvidas se a amava, descompensação hormonal, subida de leite, privação de sono... Na segunda semana tudo tal e qual, resolvi falar com uma amiga que me falou da possibilidade de apoio, mas ela foi o apoio... tive ansiosa, falei com o meu médico ob. e ele disse-me que era normal, acrescentou que vão haver dias que só nos vai apetecer jogá-los pela janela, mas por favor para não o fazer (jeito suave e bem disposto, pôs-me logo a sorrir... adoro o meu ob). Duas semanas e tudo mais calmo, a privação do sono é agora natural e as hormonas que vieram para ficar fazem o seu trabalho. Há curtos momentos em que penso que vai janela fora, mas logo de seguida vem um amor maior que este mundo e o outro. Tive momentos (o que será que ainda aí vem) em que pensei que merecia mais apoio e que deveria ir para perto ou das minhas irmãs ou de alguém, cheguei a chamar uma amiga para lhe pegar ao colo só para ir ao wc e chorar mais um bocado, apercebi-me mais uma vez por mim e por todas as mães que passaram por isto, que é normal e mais cedo ou mais tarde organizamos-nos e daqui a nada o tempo passou e já tenho saudades.

*hoje às 5h30 da manhã tivemos festa e um campeonato entre mãe e filha, o campeonato era onde dormiria a chiquitita, na cama dela (a noite passada foi belíssima) ou junto a mim (foi a primeira noite e acabou a palheta)... tive segundos de loucura e resolvi adormecê-la ao meu colo, para não me deixar dormir peguei no telemóvel e ouvi esta música que anda aí a deixar muitas mães com a lágrima no canto do olho, e eu não fui excepção! Abracei-a calmamente e às 7h45 empatamos o campeonato... ficou a dormir na caminha dela!


notinha: para quem se lembrar de descer até aqui... e para quem já me conhece aqui nesta blogoesfera já sabe que conto tudo para partilha, por não ser a única. Para quem não me conhece assim tão bem fica a saber que sou assim desde sempre (a minha mãe fez-me educadinha, mas sem filtro ;) ) 


domingo, 29 de novembro de 2015

Isso de dar mama é outros tantos

Durante a gravidez, por tantas e tantas razões, como ter muitos macacos no sótão, acabei por não realizar o curso de preparação para o parto. Este curso não existia há uns anos e se apareceu foi pela necessidade das futuras mães resolverem alguns dos seus medos. Há quem diga que é instintivo, eu diria que já foi mais pelo facto de nos dias de hoje haver muita, mas muita informação, por existirem cada vez mais contradições em relação aos temas cruciais da gravidez e pós-parto. Por mim vejo que a maternidade não é nada de básico, instintivo e imediato, tem até muito que se lhe diga. Por isto e muito mais aconselho, inscrevam-se nos cursos de preparação para o parto, participem, levem os vossos companheiros, se não for possível irem sempre, pelo menos nalgumas aulas é importante, não só porque o que aí vem não vem por obra do senhor, e porque se vem aí um bebé é porque vem aí um ser amado por dois e não apenas um. Eu arrependo-me nestes poucos dias de maternidade (18 dias) de não ter participado num curso destes, ainda mais pela minha idade. Parece-me a mim que quando ambicionamos muito uma coisa, criamos algumas expectativas caso ela se realize, mesmo que nos pareça impossível de realizar, temos sempre alguns objectivos como sonho. E quando me dizem "mas tu és profissional de saúde isso para ti é fácil..." vou-me aos arames. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Um dos meus objectivos desde o início era dar de mamar... Depois de um parto induzido às 39 semanas e dois dias (não podia deixar andar mais pela diabetes gestacional) que acabou por ser cesariana porque a chiquitita parecia não querer descer, mas sim subir, logo no recobro pedi para me a meterem a mama, a enfermeira aí foi cinco estrelas, mas trouxeram logo mamilos de silicone e nem se insistiu muito. Eu por muito boa vontade que tivesse não me sentia e tinha medo de fazer mal à bebé. A enfermeira disse que tinha pouco colostro (e então não seria o suficiente para a minha bebé?!!?) o vínculo podia ter sido mais... Adiante, ao chegar ao quarto outra enfermeira entregou não um, não dois, mas sim quatro frascos de suplemento... Eu estava mais para lá do que para cá, não pelas dores, mas cansada por tudo, pelas emoções e pela carrada de drogas que me deram.  Ela chorou e a segunda coisa depois da mama no recobro, a entrar na boca foi o raio do suplemento. A partir daí foi sempre um stress, enfermeiras preparadas, mas sem tempo.... Sim, até no privado há falta de enfermeiros e as que estão lá trabalham muitos turnos, uns atrás dos outros... Por isso mesmo que tivessem boa vontade, faltava-lhes a paciência. A amamentação no público é mais divulgada e incentivada, às vezes até de mais por parte de alguns profissionais mais fundamentalistas. Ninguém me explicou (o meu cérebro ficou lá atrás e estava extremamente sensível e ansiosa, coisa que já vinha da gravidez) que o pouco que tinha era bom, que devia ter só colocado a bebé à mama e que quando viesse a subida do leite ia ser tudo mais fácil. A chiquitita nasceu a uma quinta-feira e o leite subiu na segunda, quatro dias separaram este atraso que poderá ter atrasado este processo por ela ter nascido de cesariana e por eu não a ter posto desde o início com insistência a mama. A partir daqui insisti sempre, não a deixava ter demasiada fome para tentar, mas ela recusava e eu insistia e ela recusava, deixava para a próxima mamada, e depois lá ia eu... Insistia, ela chorava e eu mais leite tinha, nada, mamava uns escassos segundos e nada. Como nasceu pequenina achei que teria que dar sempre o suplemento e nos entratantos lá dava a mama. Fiz tudo o que me disseram, pus a mama deixei que descansasse, dei a mama para fazer de chucha, o importante era a pega e não se a mama tinha ou não mamilo para pegar... Como tinha tirei com bomba, várias vezes, acordava a meio da noite e lá ia ela... Meia hora para cada lado, ou seja uma hora e ela dai a duas horas acordava... Mesmo com o auxílio do marido dividíamos as tarefas, ele com os biberões e eu com as fraldas e mais as mamas e a bomba e o barulho da bomba... Ela já nem queria saber do meu leite, pois diz que o leite da lata é mais docinho e tal... Começamos as duas a stressar, e já nem mama nem leite... Decidi parar. Penso que mais vale curtir a minha bebé, com os altos e baixos que isso implica do que andar a dar com a cabeça nas paredes e a stressar juntamente com ela. Não me martirizo mais e espero que quem tenha passado ou esteja a passar pelo mesmo também não o faça, pois uma pessoa por uma coisa destas na cabeça e não ultrapassar pode dar cabo da pipoca. É chato andar com o leite e a água e a artilharia atrás? Sim... é chato, mas há coisas piores e desde que ela se crie e tenha saúde, para mim está tudo bem... Não deixei de dar de mamar porque quis, mas sim porque as circunstâncias assim o fizeram, se houver uma próxima já sei... E depois de duas semanas assim foi, espero que com esta sumida do leite o babyblues também vá... (outros tantos, vamos falando). A quem me tem aturado, a mim e ao meu estado, muito Obrigada!!!!

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Temas cabeludos e o porquê de não entender a mente de algumas pessoas ....

Tema daqueles bem cabeludos, a depilação!!!

Fazer ou não fazer.... tirar tudo o que é pêlos?! Minha gente, mais uma vez impera o bom senso. Eu não vou fazer a depilação porque os profissionais vão ficar chocados com aquilo que vão ver ??(sou a única à face da terra com pelos querem lá ver?!), isso é pura estupidez, até porque segundo ouço dizer, na hora H a mulher está mais é preocupada com a depilação, diz que sim... ah ahhhhh!! Se me disserem (e eu sei que sim) que é por uma questão de higiene e beneficio na cicatrização de alguns tecidos aí sim, é válido... que se tire o excesso no caso de ser necessário tirar mais qualquer coisa no hospital e aí já se adiantou alguma coisita, sem dúvida que será menos embaraçoso, mas por favor, repito.... não me parece que seja assunto tabu nas maternidades o assunto dos pêlos. Como será que as mulheres nos tempos em que nem parteiras nem charlatões haviam, pariam? Falo em relação aos pêlos, ok!? É que em relação ao que evoluiu sou 100% a favor dos apoios necessários para a sobrevivência da mãe e do bebé!

Quero tanto ver-te grávida!!! (ahh???)

Não percebo, juro que não percebo. Vi duas grandes amigas minhas grávidas, umas duas vezes, e foi porque calhou... Nunca andei atrás de oportunidades para as ver. Pessoas que conheço dizem que gostavam de me ver grávida (malta eu tenho a mania da perseguição ok?) será que é por ser gordinha e acharem que a barriga não se nota? Será que foi por terem ouvido que eu tinha emagrecido em vez de engordar? (emagreci 11 kilos e vomitei umas cinco vezes durantes estas 36 semanas de gravidez porque estou com diabetes gestacional, logo mudei a dieta... no fundo vou continuar com ela, pois como tudo, mas controlo os hidratos de carbono). Não percebo esta pancada que as pessoas têm... lá está, são aquelas vontades estranhas de quem não tem mais nada para fazer! Ou então é uma daquelas coisas das pessoas antigas e aí temos de respeitar... É como o dizer aos bebés cheios de saúde, bem dispostos e com tudo de bom "ohhh coitadinho...", não vale a pena a indignação, as pessoas são mesmo assim e não fazem por mal (nem todas ;) ).


A escolha do hospital e a ideia errada que temos sobre o SNS...

38 semanas e 6 dias... ai vais de charola para Lisboa vais... há dias a falar com uma colega ela perguntou, então e nasce onde? Num hospital privado, respondi. Uau no mesmo que o meu... (?!!!) Sou enfermeira numa unidade de saúde pública com as suas lacunas, é certo, mas posso garantir que está preparada para muito (não para um parto diferenciado, mas para muito). Penso com orgulho nas senhoras que têm os filhos em casa, em ambulâncias, a meio do caminho... Estamos longe de qualquer hospital, nunca a menos de uma hora na melhor das hipóteses (a esgalhar e vamos sair daqui todos vivos), e sim os bebés continuam a nascer e sobrevivem, tal como as mães (talvez por isso o ministério não ache necessário abrir por aqui uma maternidade... um aparte, na unidade de saúde onde trabalho mais de metade das mulheres estão em idade fértil e a grande maioria tem, ou está para ter filhos).

Em relação ao privado vs público... e vamos fazer contas e pensar mais uma vez com bom senso. A mulher grávida tem várias hipóteses e de acordo com o sítio em que viver está safa, mais ou menos safa, ou lixada... Pode ser seguida no Centro de saúde onde está isenta de pagar taxas, o centro de saúde pode ter meios complementares de diagnóstico, ou não. O médico de saúde familiar não é especialista na matéria, (sabe muito e está alerta para aquilo que os especialistas não estão) passa exames para a grávida realizar noutro sitio (no hospital que normalmente está bem equipado). Se a gravidez for normal passa-se tudo como o processo mais natural do mundo, se a gravidez for de risco a grávida é encaminhada para um especialista... até aqui parece-me a melhor hipótese, só há um se não, normalmente este médico que segue a grávida (e o pré-natal é o mais importante) não acompanha a grávida no parto e aqui sim, é preciso sorte, ou se apanha um médico porreiro ou então uma besta andante... (existe a regra sem excepção e as coisas podem correr bem ou mal, na maioria correm bem)

A hipótese que também me faz sentido... ao não existir um seguro a mulher grávida vai a uma consulta a um médico particular, desloca-se minimamente e escolhe um médico que trabalhe num hospital mais ou menos perto e paga uma média de 80 euros por consulta. A acrescentar a isto o médico pode, ou não fazer ecografias (quando falo em ecografias não estou a falar daquelas que o médico faz só para vermos o bebé, mas sim das especificas 1º,2º e 3º trimestre) e assim a mulher grávida ainda se desloca sabe-se lá onde... Eu andei algumas vezes de um lado para o outro...

A hipótese do seguro/adse, deslocamos-nos aos grandes centros, se conhecermos alguém que nos encaminhe melhor, se não, podemos ir às cegas e aí é pura sorte... Uma ida a Lisboa com consulta (ir e vir) custará uma média de 70 euros, e como se sabe nunca vamos só à consulta, havendo mais oferta aproveitamos para ir ver qualquer coisa para o bebé. Isto uma vez por mês. Se formos à consulta num hospital podemos fazer logo todos os exames, se não ainda implica mais umas voltas no trânsito.

Para mim o mais importante é o acompanhamento durante a gravidez, saber que o bebé está bem, se está a desenvolver bem, que estamos a fazer os exames certos, a tomar os complementos, medicação certos, que somos encaminhados para outras áreas (no meu caso endocrinologia) e estar à vontade para fazer as perguntas mais estúpidas que existem ( e acreditem houve muitas). Era bom que esse mesmo médico nos acompanhasse no parto? Era excelente... ia haver muito mais baba e ranho, mas no meu caso, infelizmente não vai ser... (talvez seja só desta vez) pois existem uma coisita da qual eu não prescindo... da presença do marido sempre ali (é até não dar mais ;) )... Estar longe de casa e ainda por cima ter de ficar sozinha depois de um grande momento a dois (apesar do cansaço acredito que sim) desculpem, mas não me faz sentido nenhum... Já que esturrei pilim nestes anos todos em seguros agora vou aproveitar... (os seguros para fins de partos particulares, quando não se sabe bem quando isso vai acontecer, são muito lucrativos .... para as seguradoras claro! encarecem muitoooo!!!!)

Agora giro, giro (sem graça nenhuma) era nascer algures sem ser no sítio pensado... é que são 38s+6d ;)....

Depois conto...

* A princesa nasceu às 39 s+2 d... o nascimento e o pós parto dá outra publicação... descansem vou contar tudi tudi... 

E quando se revela a gravidez... pronto, começa o "opinanço"

Mais calma...

O que é mesmo importante para o bebé? Bom senso...

Agora a parte engraçada... com mais confiança neste processo começo a ouvir as opiniões de algumas pessoas. "Aiiii vais ver, sentes os pontapés nas costelas que até te falta o ar", "ai vais precisar tanto de mantas!!!", e outra diz "fraldas, compra muitas fraldas...", "Não compres tamanhos pequenos, esquece o zero"... enfim... passo a explicar aquilo que me assenta que nem uma luva, gosto de sugestões que me soem a bom senso, equilibradas, ou seja, ou não sugo informação, ou ouço e selecciono informação, tenho sido tão cautelosa na gravidez e comecei a comprar coisas para a bebé mais tarde, que não me parece que a partir de certa altura me deixasse ir por mil e uma sugestões. Bom senso é a palavra de ordem e os medos vão para trás das costas quando têm de ir. Curiosamente tive amigas que tiveram bebés durante a minha gravidez, e por terem tudo mais fresco na cabeça foram-me dizendo aquilo que achavam importante. Ainda não chegou cá fora, mas a minha experiência de cinco sobrinhos que nasceram cada um no seu mês diz-me que, ter algumas coisas para os primeiros dois, três meses para não ter de sair de casa sem que apeteça ou dê jeito, será o ideal. Estamos quase lá e vem aí o Inverno. Ou seja, comprei tamanhos zero, sim, dependendo das marcas são ou 50 cm ou 55 cm, e eu sei de fonte segura que a bebé é, digamos, elegante, mais para o magro (mas saudável e rabina), comprei alguns 1, alguns 2, alguns 3... tudo na onda dos bodys, calças com pés (ou como ouvi dizer aqui um dia ceroulas com pés para os gaiatos) e babygrows. Alguns gorros em algodão, uns pares de luvas de algodão mais numa de não se arranharem e conjuntos de meias. Não estou muito preocupada, encomendo muita coisa pela internet, e assim que vir que está a escassear roupa acciono algumas amigas (temos que reciclar) ou fazemos um pequeno "clic" e lá vem ela. Fiz toalhas de banho com capuz, fiz alguns lençóis para a alcofa, fiz mantas em flanela, em tricot tenho uma manta em andamento, fiz umas botinhas em crochet que lhe hão-de servir quando começar a andar :), iniciei uma camisola, mas não me desenrasquei com as mangas :s... ainda fiz alguma coisa e vou fazendo ao longo do tempo, talvez consiga gerir o tempo... contarei num futuro próximo.

* Olá hoje, dia 27/11, a chiquitita já está cá fora há 15 dias e sim amigas os tamanhos zero fazem muita falta, não só pelo bom ar que dá à cachopa, mas também pelo facto de ela encolher as pernas e depois não saber o caminho de volta para as voltar a esticar, ou seja, é também pelo conforto... Fraldas de pano são peça fundamental, mais fossem, venham elas... mantas q.b... e fraldas descartáveis tenho um armazém que não sei se não as vou vender um dia ;)

Esta história é minha... mas alguém se identifica ?!

Esta história é minha, é igual a tantas outras, mas por me ter marcado e continuar a marcar vai ser contada por partes, ou de enxurrada... acho que vai ser bom para alguns ler...

Antes do dia: 
Casei-me, um ano depois soubemos que a minha mãe tinha um cancro de mama, na altura mau, mas que se ia tratar e ficar boa (não havia outro pensamento). Dois anos depois de ter casado mudei de local de trabalho para ver se arranjava tempo para ser mãe, começamos a ver que estava a demorar demais, estudamos o nosso caso, tinha e tenho SOP (como tantas outras mulheres)  não impede uma mulher de engravidar, mas dificulta e muito a vida. Ciclos irregulares e por aí a fora. Entretanto ouve-se mais vezes do que se deseja a famosa frase: "Então e para quando o bebé?!", ainda era cedo, e tinha 31 anos por isso não havia pressas. Ainda pensámos em seguir para tratamentos mais complexos, mas na vida as coisas estavam-se a complicar... A minha mãe estava pior, o cancro já estava nas duas mamas, já existiam metástases e não se adivinhavam dias melhores. Em 2012 comecei o mestrado em cuidados paliativos (trabalhava e trabalho nessa área desde 2008) em Lisboa, e por isso todos os meses ia a Lisboa (quando não ia mais) e estava com os meus pais e conversava muito com a minha mãe sobre tudo, sobre como poderia ser a sua morte, falávamos abertamente... Como podem ver nesta altura queria lá eu saber de engravidar, percebo agora a necessidade de centralizar as minhas energias nesta fase ao invés de ter outras coisas em que pensar.... No meio de muitas conversas, a minha mãe disse-me "vais ter um filho, mas não penses que vais ter mais e quando menos esperares ele aparece, ele aparece..." 
A minha mãe passou o último Verão de 2013 connosco, aqui no Alentejo.

A meio:
O ano de 2014 foi um ano de muitas adaptações, mudanças radicais na família, a busca dos nossos próprios alicerces e dos sinais que esperávamos receber lá de cima. Encontrar o nosso lugar no mundo quando existe uma elo de ligação que desaparece, por vezes pode ser confuso e fazer-nos perceber que a vida é demasiado efémera para andarmos com tretas e "paparmos grupos", mas é um desafio e a vida tem destas coisas. Para mim, a minha experiência profissional e a doença e morte da minha mãe ensinaram-me uma coisa, não há conveniências, não vou fazer porque fica mal ou parece bem. Bom bom é fazermos aquilo que nos faz feliz, amar e ser amada, ser boa amiga e ter bons amigos. Apesar de dar muito de mim, é a minha maneira de ser, cresci, fui preparada para isso...

O dia:
Dia 13 de Março de 2015 fiz greve dos enfermeiros ( e o que é que vocês têm a ver com isso?... nada é apenas para me localizar). A partir daqui tive uma gravidez, com muitas dúvidas, será? É que tive quatro anos a pensar que não ia conseguir e a mudar as prioridades, a arranjar meios de me distrair, a aprender a fazer coisas que agora adoro. Continuava com o teste na mão a pensar, será?? Não.... é treta. Dias mais tarde ameaça de aborto.... lá está os testes dão falsos positivos e isto é tudo treta... peço ajuda meio confusa, e agora??? Não estava preparada para ficar grávida!!(ironicamente penso que gostava, mas nunca pensei que fosse a sério ). Fiz análises para ver se estava, mas fiz um erro, fiz a análise quantitativa, ou seja aquela que se faz normalmente quando se fazem tratamentos para engravidar. Devia ter feito a qualitativa, ou seja... ou estava ou não estava, ponto. Para mim bastava, e esperava mais uns dias (que pareciam semanas/meses) para a consulta com o médico.

1º O facto de fazer análise quantitativa, ter perdas e andar um pouco a vaguear nos meus pensamentos fez-me entrar em pânico, sim, em pânico mesmo. Logo na primeira vez que fiz análises tive falta de ar, taquicárdia e subida de tensão, ou seja, com aquela sensação que ia morrer (é isto que é uma crise de ansiedade), e infelizmente as pessoas à nossa volta não estão preparadas e não percebem. 

2º Com as perdas e o facto de sentir necessidade urgente de saber o que se passava fui ao hospital aqui perto e fui fazer uma ecografia pela porta do cavalo. Ecógrafo espectacular via-se bem a gravidez e tinha, xarammmm, um mioma. (para mim era tudo grave, eu nunca jamais iria engravidar ok?!)

3º Passados uns dias, stress total, consulta nunca mais era (era na semana a seguir, mais uns cinco dias) vou a Lisboa (porque em Lisboa é que é bom....) a um hospital xpto e afinal não se via nada no ecógrafo, havia muitas dúvidas se estaria grávida, e com aquelas perdas... nááá!! Quiseram-me, curiosamente apontar logo um teste, que se chama Harmony test que custa 500 euros aproximadamente, e vim de regresso para o Alentejo a pensar, para quê tanta treta se a médica tinha ficado cheia de dúvidas.... Até à consulta fiquei em repouso na caminha por minha iniciativa e indicação de sabedores, mal não faria.

Finalmente a consulta com o meu médico (obrigada Dr Bruno por tanto me aturar). Afinal estava grávida, poucas semanas, e com descolamento de placenta, mas estava. Passou-me análises, as primeiras de rotina.... então e agora quem é que me dizia que ir ao sítio onde tive a primeira crise de ansiedade ia ser fácil?! Ao pé duma gaiata pequena era pior, chorar e voltar a ficar com aquelas sensações... Valeu-me a paciência e calma do marido (única pessoa que eu queria que andasse comigo para trás e para diante)... mas ok, fui fazer as análises, e agora atenção!!! Erro nº 1 num meio pequeno não se deve fazer análises na hora de ponta, isto porque é difícil manter segredo do que quer que seja... eu a mudar de cor em stress acompanhada pelo marido, a técnica de análises (prezo a sua paciência para comigo) a entrar em stress porque sabia o que tinha acontecido da última vez, com as pessoas suficientes na sala de espera e a ter de justificar a minha passagem à frente "Esta senhora vai passar à frente, tem prioridade porque está grávida!", PRONTO....ACABOU-SE O SIGILO DE UMA GRAVIDEZ DE 7 SEMANAS.... é que como TODOS SABEM, qualquer gravidez pode ter percalços, ainda mais nas primeiras 12 semanas. Não penalizo a técnica que tanto prezo, mas sim a cambada de cuscas que mais nada têm a fazer do que falar na vida alheia. A sério.... tem dias que o saber que alguém traiu, ou se separou, ou se divorciou, ou que perdeu o bebé, ou que está muito mal é motivo para .... nem sei para quê (será que é motivo para festejar?), mas adiante... Tinha de manter a calma, não foi fácil, não está a ser fácil... pensei em contratar um advogado para processar uma pessoa por se meter na minha vida, será que dava? Dava trabalho e se não tivesse grávida até seria engraçado, apesar de perder dinheiro, mas e no futuro, será que a pessoa me deixava em paz?? Seria uma atitude radical?? Já vi pessoas processarem outras por muito menos ;) (estou a exagerar de propósito ok?)

A continuação: Adiante... fiquei até às 24 semanas quieta aqui na minha casinha, não queria saber de comprar nada, nem roupas, nada... tive sempre muitos medos, e ainda tenho agora às 35 semanas... a frase que o meu marido mais ouviu e continua a ouvir é "vai correr tudo bem, não vai?". Não sei se este medo é normal por achar que não conseguiria engravidar normalmente (veio em boa hora), ou se sou eu mesma que sou neurótica, a razão pelo qual partilho esta passagem na minha vida tem dois propósitos, primeiro de certeza que não sou a única, segundo, acho que a partilha permite-nos viver melhor os nossos medos e ultrapassá-los...

(Este texto alonga-se e já deitei a chiquitita na alcofa algumas vezes... vou dividir esta saga, até já)


domingo, 11 de outubro de 2015

Música do dia!

Nasci nos anos 80, logo no princípio, no mês de Fevereiro. Tinha uma mãe e tenho um pai que na altura ouviam música do seu tempo... cresci a ouvir música dos anos 80/90 e a ouvir música de outros tempos. Pelas minhas irmãs mais velhas ouvia a música da moda. Anos mais tarde, andando pelos 90 e picos continuei a ouvir música influenciada pelas modas, pelas amigas e pela irmã a seguir a mim. Como a música sempre existiu na minha vida, e agora, altura em que devia estar mais presente, não está, resolvi acrescentar este tópico ao blog, exigindo assim uma pesquisa pelas músicas de antes e de agora. Hoje parece-me demasiado óbvio, mas vou partilhar uma música que ouvi bastante quando era gaiata.  Pelo infortuno da morte do seu cantor lembrei-me dela hoje. "Quem chora não berra" (para quem não percebia nada de inglês em tenra idade, e o radialista Markl fez o favor de tanto lembrar).


sábado, 10 de outubro de 2015

Um dia conto quase tudo ....

O Verão já acabou, já acabaram as festas, os meses de "despreocupações" (faz de conta), e tendo em conta as circunstâncias passou rápido e com pouco calor. O que fiz nestes meses? Algumas coisas, outras nem tanto.... desperdicei pouco, arrisquei alguma coisa, mas depois conto... um dia conto quase tudo. Para já fiz um gorro, ou como os ingleses o distinguem, porque gorros há muitos, fiz um "beret", soa melhor, pelo menos para mim. Gosto de tudo aquilo que é inglês, ou quase tudo, é um sonho, mas acho que prefiro que fique um sonho, vou lá de vez em quando e regresso, porque realizar um sonho sem aqueles que mais amo não faz sentido!

Fiquem com o meu "beret" (que já apetece com uma lã fofinha) com esquema retirado do Ravelry. A lã utilizada para este projecto foi miltons, cézanne, cor nº4.



sexta-feira, 31 de julho de 2015

Quase 3 meses!

Quase três meses passaram e não escrevi nem sequer pensei em partilhar aqui! Tenho vontade de mudar a cara desta casa e continuar, claro, a inspirar e a surpreender, a mim e a que por aqui passa! Para já com sol e calor q.b, mas sem grande vontade de estar muito tempo sentada ao computador...


sexta-feira, 24 de abril de 2015

Cuscas.... E não são só as velhas!!

Quem disse que as cuscas são as velhas? Ok, ok, eu sei que vivo num sítio pequeno e que fui ingénua quando pensei que as pessoas tinham evoluído, tenho pena, mas não, e curiosamente os boatos têm vindo daquelas pessoas da meia idade vááá (estou-me a repetir eu sei). Porque digo-vos, tenho conhecido malta nova e da minha idade depois destes anos a viver cá, muito boa onda, e não, NÃO vou generalizar, como em todos os sítios pequenos há de tudo, boas pessoas e pessoas desprezíveis. Malta abram os olhinhos... há pessoas doentes, há pessoas mal de amores, há pessoas que morrem, há quem se separe, mas sabem uma coisa? o mundo está cheio de vidas assim, e sabem que mais?"i really dont care!!" Porque não tenho nada a ver com a vida das pessoas. 

Posso-vos contar alguns exemplos para vos mostrar como imprevisível é a vida e como desprezíveis são as pessoas. Uma grande amiga minha está a passar um mau bocado (neste momento quem não me conhece e veio ler o blog por mero interesse já só quer saber quem é a pessoa) e eu ainda não tive coragem de falar com ela, sou amiga dela, mas quis respeitar o seu espaço. Já as cuscas não, entram na vida das pessoas, cansam, moem, passam vidrinhos na cabeça dos outros, destroem e simplesmente não ajudam. Já se devem ter dirigido a ela e esmiuçado a rapariga, e as que não sabem vão inventar porque não sabem.... Tenho outra amiga daqui que a "mataram" várias vezes porque esteve gravemente doente e venceu. O que acham cuscas? acham bem "matar" as pessoas que lutaram e venceram?!!! Noutro caso (nada de tão grave) alguém (que eu juro que não conheço, e mesmo que conhecesse) foi perguntar a uma pessoa que me é próxima se estou doente, pois o carro está estacionado, se é grave, se é mais qualquer coisa, mas querem saber o melhor? A pessoa parou o carro no meio da estrada disse que tinha uma pergunta do foro privado para fazer ( sou enfermeira, quando me contaram o acontecido na minha inocência pensei que a senhora estava doente, que o marido ou alguém da família precisava de ajuda, Hello era uma pergunta do foro privado), mas não... era mesmo uma pergunta sobre a MINHA VIDA privada. First of all não tenho nada de interessante para contar à humanidade, julgo que não pretendo, ao fazer o bem, ganhar nenhum prémio de mérito ou reconhecimento. E mesmo que haja algo de muito podre ou misterioso para esconder, ahahahahah nunca saberão!!! E sabem porquê cuscas?? Porque não tem nada a ver com a minha vida. 

Amigas e seguidoras esta mensagem tem como objectivo chegar a um número de cidadãs que numa vila pequena com algumas mentes pecaminosas e frustradas quiçá com a sua vida privada (nem quero saber) não têm mesmo mais nada para fazer. Falta-lhes trabalho, falta-lhes carácter, amor próprio, educação, e brio, nunca serão umas "ladys" ;)

Estou seriamente preocupada com o rumo do meu blog, prometo que este vai ser o meu último desabafo deste género.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Lembrei-me de ti

Ao querer desabafar e gritar nas redes sociais o quanto as pessoas são estupidas, lembrei-me de desabafar aqui, este espaço tem andado um pouco esquecido, por falta de ânimo, sim, acontece algumas vezes, e pode afastar muita gente, mas o que posso fazer?! Não sou daquelas pessoas que simplesmente "vomita" conteúdos.... Mas voltando ao meu desabafo, e aqui vai por pontos

1- Querem calor e praia no mês de abril, pois eu quero tempo ameno com alguma chuva, porquê? Pois diz que neste país ainda há quem queira viver e precise de viver da agricultura, sabem aquelas alfaces biológicas e aqueles projectos que as pessoas à boca cheia dizem que apoiam, os dos pequenos produtores! Precisam de chuva!! E ainda estamos na primavera, se querem verão mudem-se...

2- Nos meios pequenos há aquela necessidade burra e mórbida de querermos fazer parte da vida daqueles que nem conhecemos. A falta de vida própria incomoda-me em especial da pessoas novas, que podiam ser mais qualquer coisa. Não me admiro que quem decida vir das cidades para mudar de vida simplesmente se isole (é um estilo de vida que não deve ser recriminado) ou simplesmente não se  misture. Uma coisa é eu ficar preocupada com a minha vizinha que já é idosa que tem uma rotina e que durante alguns dias não a veja nessa mesma rotina, outra coisa é fazermos comentários sobre a vida alheia. Um dia que me calhe não sei como irei responder, se calhar com um processo judicial, pode ser que pegue! 

3- A falta de profissionalismo por parte de alguns profissionais. E aqui não me vou estender. Eu sou enfermeira e o sigilo para mim vale tudo, fundamentalmente a minha conduta, ética e a premanencia nas minhas funções. A vontade do outro jamais foi posta em causa. 

4- Não me apetece fazer crochet, nem tricot, nem costura, se a minha vontade for ver filmes, séries e programas da "caca" hip hip hurray here i go!! 

(Já agora adorei o livro da Filipa Fonseca Silva e apesar de não ser mãe acho que nos devemos expressar, país livre Yep!!) 

segunda-feira, 16 de março de 2015

O tempo

A durabilidade do tempo é muito incompleta, quando estamos a fazer uma coisa que nos dá prazer passa rápido, quando desesperamos não passa, ou melhor, custa a passar. Hoje estou num desses dias... Sabem o lema "é um dia a seguir ao outro"?! Pois é, é torturante, angustiante, desesperante. Até me parece que vim para aqui escrever para ver se o tempo passa mais depressa. O tempo é ambíguo, no desespero e na dor queremos que passe rápido, o tempo provoca uma ansiedade tremenda, que corta, mói e as vezes mata. No prazer, na calma, passa rápido, mas mesmo para alcançar os dias, momentos mais prazerosos parece mesmo assim que custa a passar. E afinal o que é o tempo... Será que passa mais rápido, quando dizemos "olha lá, mas este mês passou a correr...." Será que o planeta está a fazer com que as nossas cabeças rodem mais depressa?! Please no!! Só eu sei o que isso me custa....





sábado, 14 de março de 2015

Casinha de Leitura # Sábado

mint:design, art, fashion blog
breathe happiness
the design files
simplement beau
baking magique

CAOS/deco/Comidinha da boa,mesmo BOA/espaços simplesmente BEAU!!! Adorei esta lista...

CHAOS/deco/Good food, really good/beautiful spaces! Loved this list...

sexta-feira, 13 de março de 2015

Dias maiores

Com os dias maiores, e com folgas e feriados pelo meio talvez acerte o passo e defina mais o que hei-de fazer. Se o blog tem andado parado é porque, aqui, na vida real  ;) não tem havido espaço para me dedicar a ele. Tive algum tempo sem computador, e os posts no telemóvel não ficam nada de jeito. Para além disso tenho andado numa fase em que invejo algumas pessoas da blogosfera, não porque aparentem ter uma vida perfeita, isso não existe, mas pelo facto de estarem mais presentes nestas tarefas da casa, dos blog's, das costuras. Estão em casa, e eu um dia também irei estar. Louvo qualquer mulher que seja dedicada à sua própria vida, à mulher que dedica todo o tempo ao trabalho, àquela que decidiu (não foi certamente fácil) ficar em casa pelos filhos e pela própria casa, e por aquela mulher que trabalha das 9h às 17h ou que seja, e que chega a casa e o trabalho na verdade acaba às 22h ou mais tarde. Eu tenho uma maneira de ver as coisas. Os meus sonhos serão realidade. Desde que comecei a trabalhar que sempre disse que eu trabalho para viver e é enquanto isso não me afectar a felicidade, o bem estar, a alegria de viver, mas isso sou eu. Sei e vivo de perto a tortura em que cada vez mais pessoas vivem, e sei que não será uma opção fácil, mas nada mais me faz sentido do que estar junto daqueles que mais amamos ou poderemos vir a amar, e fazer aquilo que mais gostamos, mesmo que a inspiração nos falhe, os dias ficarão preenchidos, acreditem, mas para isso é preciso tempo.

Respeito todas as mulheres que transformar a sua vida para melhor. Existem mulheres que não querem saber da vida, e essas fazem-me confusão, mas como tudo na vida, o ser humano é complexo.

Num mês de grandes mudanças, sempre para melhor, dias maiores, mês da mulher, mês da mudança da hora, mês em que já cheira a primavera, espero andar mais feliz e com um humor mais simpático. Ao contrário não haverá inspiração para mais nada.


quinta-feira, 12 de março de 2015

...

Sinto saudades do teu abraço apertado. Sinto raiva de não poder senti-lo. Apenas recordar... Há dias assim, em que me sinto atormentada pela merda que é a vida, violenta, dura e afinal tão fugaz... que nos escorrega nos dedos. Aquilo que me apazigua é sentir-te perto,sentir-te presente nas minhas maiores dores e alegrias... Sinto saudades do teu abraço apertado, e senti necessidade de escrever isso mesmo 

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Casinha de Leitura # Domingo

Algumas ideias para este Domingo, aqui vão elas, preparadas?? Ready, set, go!!!

Babble (a vida como ela é... )

http://blog.franceduvalstalla.com/ (graças à Patrícia descobri alguns moldes fantásticos e imaginem, perdi o medo de fazer roupa... comecei pelos pequenos que ainda não tenho... depois mostro)

http://www.danamadeit.com/ (a vida, a casa, os diy, e tudo e tudo)

pretty prudent (ai ai houvesse tempo para fazer metade ;) )

Boas leituras.
xxx Martinha

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Casinha de Leitura # Domingo

O mês de Janeiro já passou e desta vez, sem saber como, passou a fugir. Vamos festejar a chegada do mês mais lindo e curto de todos, com boas leituras e novas ideias.

Um mês que promete alguns quilts a crescer por aqui e algures por aí, por isso deixo-vos os meus sítios favoritos sobre o tema:
Diary of a Quilter
sewaholic (entre outras ideias que um dia vou conseguir)
O meu livro favorito destas andanças Ultimate-Quilting-Bible.

E porque um quilt ou uma manta de retalhos, é mesmo isso, uma recolha de histórias, uma descoberta, a imaginação sem parar deste e daquele tecido, é um vício saudável e pode nunca mais ter fim, deixo aqui este trailer que apesar de antigo é mesmo isso... é amor em tudo o que fazemos.



quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Umas coisas em Burel e a minha opinião sobre ir alí

A minha opinião vale o que vale seja qual for o assunto, e se há alguns que para aqui não interessam, outros são triviais para muitas pessoas, como o caso de ir para ali. Ir não implica nunca mais voltar, para quê o drama em ir para fora, se são jovens, se tiverem que ir sozinhos, se tiverem espírito de aventura, se tiverem alguém à espera, se forem com companhia... se, se, se... vai-se e não se fala mais nisso. Há uns anos também eu estava de armas e bagagens para ir para Inglaterra, nesse mesmo ano (2008) algumas colegas minhas foram para lá e outras para outras partes do globo (literalmente), umas com espírito de aventura embarcaram em cruzeiros, outras foram para missões, outras foram para a Austrália, e por aí a fora. Hoje continuam lá, outras mudaram, mas nenhuma voltou, se calhar é porque não é assim  tão mau, e talvez a nova geração viva o sítio e não se limite ao trabalho como outras gerações viram isso como uma obrigação. O país não está fácil, se me arrependo, talvez, mas os meus ideais fariam-me talvez ter dado uns trambolhões que neste momento não estou disposta a dar (espero que o amor valha quase tudo, se não tudo), mas vá... voltando, malta estamos a falar da Europa (na maioria dos casos), é tudo logo ali, claro que a globalização implica isso mesmo,  acessibilidade, vôos lowcost, internet, skype e muito mais. Não consola de todo, mas com o início de uma nova vida, depois das adaptações, que também elas são muitas vezes facilitadas, até esses encontros cibernáuticos com a família e amigos se vão tornar fugazes e rápido chegam os fins de semana grandes, as férias. Será assim tão complicado ou a minha visão está a distorcer a realidade.

A vida é mesmo assim... e não está fácil, mas se para a frente é que é o caminho não vale a pena andar às voltas!!

Umas coisas em Burel (disponíveis já agora :))



Beijinhos e abraços da Martinha!!!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Casinha de leitura #umdialeve

Hoje debito apenas os sítios a ver. Desfrutem, respirem fundo, não vale mesmo nada a pena stressar e não há ninguém que me remova dos meus objectivos com erros ou não!

Rainingsheep.com
Novamade.typepad.com
Vintagehome.tumblr.com


Beijinhos e abraços e boas leituras 

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Olá 2015!!


Numa das minhas vistas em trabalho!


 A geleia correu super bem :) para o ano há mais, ou melhor, lá mais para o fim do ano :)


Esta ficou de mais...parei o carro por instinto saquei do telemóvel e zuca cá está ela (ainda fico de boca aberta). Um pôr do sol já no fim do mês de Novembro!


 Fins de Dezembro (grrrrr). A famosa descrição do tempo cá por estas bandas ficou "famosa" no facebook, muito graças ao meu pai :)


Uma janela com muita renda (algures por aí)


Ficou tão gira ;)


E não parei...


A minha capa favorita de 2014, ficou para a cunhada que qualquer dia faz colecção ;)


Uma amostra, de muitas ...


Passei montanhas e vales e tive algumas dicas de amigas mestres no assunto :)

Fiquei às escuras e cantei "Onde é que está a luz, onde é que está a luz, alguém me pode dizer onde é que está a luz??" e é claro que depois liguei para os senhores da LUZ

Não, não é em 2015 que o blog vai desaparecer, para mim este espaço não é uma imposição, não é objectivo de esbardalhar aqui tudo o que mexe, ou não... é claro que sem actualizações os leitores vão-se afastando e não, não é isso que eu quero, se me vou esforçar mais?! É claro que vou... por aqui e naquelas redes de acesso instantâneo, como o caso do facebook (já estiveste mais lá) e Pinterest (adoro e já não crio novos álbuns há algum tempo) vou tentar estar presente, actualizada, com bons dias e boa disposição e também com dias de neura pois por aqui sou como sou e isto é o blog do tudo! 
E agora vou continuar a arrumar e só aí é que vou ter capacidade de dar resposta a alguns pedidos ainda do ano passado (glup) vou dar corda aos sapatos e serei breve.

Beijinhos e abraços da Martinha