segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Já passou 1 mês! Viva a chiquitita!!

Passou 1 mês, a minha pequenina já tem 1 mês, por várias razões nasceu dia 12 e ainda bem. E desde então... Ufa! Como hei-de começar?! Muitos de vocês sabem como poderá ter sido, alguns de vocês haverão de achar que exagero nas palavras e sentimentos e outros acharão pouco aquilo que aqui falo... Posso falar de várias coisas, primeiro dos sentimentos, o mais importante... Depois da chegada a casa o amor desvaneceu, pela casa, pelo marido, pelos cães e olhava a bebé com alguma surpresa e susto, pensei "raios, o que é que fui fazer", a segunda semana passou e muitas lágrimas correram, sim não tenho vergonha de o assumir. Terceira semana protecção feroz, ninguém fica com ela, só eu... eu faço tudo o que lhe diga respeito... Amor avassalador, que cresce a cada dia, organização no seu melhor, fazemos tudo juntas, até um xixi com ela ao colo, sim, afinal é verdade! Aqui dava jeito ter uma espreguiçadeira para a deitar mesmo ali à minha frente para poder estar descansada. E depois de falar na espreguiçadeira vou-vos dizer aquilo que comprei e tenho vindo a comprar que faz falta e aquilo que não interessa para nada, pois passado um mês já vai dando para ver.

Uma das maravilhas que comprei foi uma almofada de posicionamentos para a gravidez, foi excelente, escusava de ter um mar de almofadas à minha volta, tem uma zona de apoio às costas, à zona da barriga e para colocar no meio das pernas, e se na altura foi boa, agora serve de tudo e mais alguma coisa, para apoiar braços, para fazer de barreira, etc, foi cara, mas valeu o investimento. Toalhitas... nunca pensei prescindir delas, a sério... já experimentaram usar? É que aquilo é gelado e depois de desentupir a tripa e normalizar a frequência dos cocós sinceramente o resultado estava a ser algum rubor na zona da fralda, acabei com elas, só mesmo quando formos à rua (que pelo andar da carruagem também não vai ser assim a loucura, pelo menos enquanto o tempo não deixar), sou adepta das compressas 10x10, mais baratas e comprei também um termo que tem sempre água quentinha... Porque estar sempre a ir a correr abrir a água para aquecer também não estava a ser prático, e nestas alturas em que estamos sozinhas as duas precisamos de ser práticas. Para aquecer a água comprei há algum tempo um fervedor ou chaleira eléctrica, e sim dá jeito, no meu caso que dou leite adaptado é mais prático, sabemos que não há, neste caso, necessidade de ferver a água, mas convém alguma temperatura para misturar o leite, logo viva o fervedor!! No meu caso que tenho uma casa com dois pisos, arranjei muitas coisas a dobrar, pomadas a dobrar, termos a dobrar, chuchas a dobrar. Em relação aos produtos de higiene sempre tive uma queda pela marca Uriage, pelo cheiro e pela qualidade, e porque os meus sobrinhos sempre a usaram enquanto bebés. Gosto do gel lavante, e da água, infelizmente o linimento e o creme de muda da fralda não me está a encantar, primeiro o linimento não tem a gordura necessária que dizem e o creme não alterava o aspecto ruborizado da zona da fralda. Tinha comprado numa promoção a pasta de água da Eryplast da E45 Lutsine e estamos a gostar bastante. Com o tempo vou experimentando algumas linhas que me agradam, esperando que a pequena não tenha tendência às alergias como a mãe. As fraldas, talvez aquilo em que se investe mais, gastam-se mesmo muito, e estou a gastar a marca dodot sensitive, pelo menos para já... Lá mais para a frente vamos ver novas marcas, se for caso disso. O que não tinha e tenho feito à medida que vemos que não damos à conta, são os babetes impermeáveis, isto porque não está fácil a coordenação sucção na hora da paparoca. Molham-se colarinhos, babetes e fraldas de pano, que decidi cortar a meio e fazer mais pequenas porque são realmente muito grandes e assim não rende. Biberões são aos pontapés, temos da marca Avent, Chicco natural feeling, Nuby e tommee tippee... enfim, todos anti refluxo, anti cólicas, e baixo fluxo, mas este assunto fica para uma próxima publicação. 

O que comprei e nem uso por aí além é o termo chicco que foi super caro e não me serve de muito, não parece prático, nem mantém a temperatura lá muito bem. Tenho um trocador de fraldas da vertbaudet que é bem mais prático do que o do IKEA (que acabei por oferecer), acabo por usar resguardos de celulose quando nos deslocamos ou na parte de baixo da casa. A roupa ainda está à espera da pipoca crescer e não me arrependo de ter comprado tamanhos zero. Os tamanhos zero verdadeiramente pequenos são os da vertbaudet, mas se soubesse o que sei hoje tinha comprado babygrows dos desapertar na zona da fralda e não na zona das costas, a sério, onde estavam com a cabeça quando fizeram aquele modelo. Por muito habilidosa que me faça a mudar a fralda durante a noite é inevitável um abanão maior para desapertar e apertar aquilo. Em relação às quantidades e necessidades de roupa noto que no nosso caso a roupa suja-se mais pelo leite. Como estamos em casa só veste calças com pé, body, babygrow e anda com uma manta fininha de flanela sempre enrolada, dispensei as meias, andavam sempre a sair e não estava a ser prático. Tenho talvez meia dúzia para cada tamanho e só tenho até ao 1-2 meses porque nalguns casos são de 60 cm e a pequena ronda pouco mais dos 50 cm.  Na rua sai sempre com tudo o que já disse, mais um gorro e um casaco, e os casacos ainda bem que não foram pequenos porque por cima do babygrow ela ia ficar mesmo muito enchoiriçada.  

Nas últimas duas semanas deu para a Chiquitita ficar ranhosa, eu ficar ranhosa e na semana a seguir eu ter uma urticária por intoxicação alimentar. Custou a passar e somos fortes as duas, não foi fácil trocar a fralda e coçar a cara e o resto ao mesmo tempo. Esperando que tão cedo não apareça mais nenhuma maleita, estamos cá as duas, sempre juntas! O nosso mês foi assim, passou rápido, tal como as últimas semanas da gravidez. Tenho dias em que a desejava na minha barriga novamente para a poder proteger, mas cá fora o amor é tão maior e tão mais intenso, que apesar dos medos vamos conseguir.


sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

A escolha do nome!! Antes, durante e depois

Desde sempre gostei de alguns nomes, mais certos para meninos do que para meninas. Os nomes que outrora não me saíam da cabeça eram Benedita, Caetana, Gabriela, Jacinta, Luísa, Valentina e Vitória; e para meninos sempre gostei de Artur, Santiago, Mateus e Domingos. Ok são nomes pouco vulgares alguns deles é verdade, mas eu gosto. E aqui entra o facto dos pais gostarem, atenção às opiniões, é inevitável que as pessoas mais próximas gostem de opinar e dar a sua sugestão, às vezes é bom, outras vezes é péssimo. Também é válido pesquisar significados de nomes, para mim um blog que satisfaz é o Nomes e mais nomes, diz alguns significados, fala de pessoas na história que tiveram determinados nomes e fala de aspectos de curiosidades de nomes de famosos e afins.

Nos primeiros meses de gravidez pelos percalços nem de nomes queria falar... fosse o que fosse não havia qualquer hipótese, o que é certo é que este medo continuou mesmo depois de saber que o risco já estava reduzido e que ia ter uma menina. Até o sexo do bebé não me trazia expectativas... estava um pouco adormecida. Às 16 semanas já se adivinhava (quase certo) que era menina, mas só a partir das 24, 28 semanas começamos a falar de nomes. É engraçado que os avós dos dois lados nunca tomaram partido de nenhum nome, esperavam sempre pelo nosso entusiasmo para dizer que "sim, sim, é lindo...", o meu pai de acordo com o nome que estivesse na altura "on" dizia logo o nome com o "inha" à frente ;). A malta mais nova, irmãs, sobrinhos e pessoas que não conhecemos ou conhecemos mal (isto por aqui é tudo malta "amiga") gostavam sempre e muito de opinar. Então dizia eu ao meu marido "escuta... fica só entre nós...", mas nunca ficava, comecei a sentir um entusiasmo estranho em dar um nome à moça. 

Lá está, entusiasmo, coisa que não podia sentir (cabeça parva), logo decidimos que podíamos ter um leque de nomes, mas que só daríamos um nome à bebé no dia em que ela nascesse, o que revoltou meio mundo (olha a decisão dos pais minha gente!!!). Critérios para a escolha, não tínhamos a certeza se queríamos nomes compostos ou simples, mas era quase certo que seria simples (ou não...) e sabíamos, apesar de gostarmos de nomes mais lá para a frente, que seria um nome do início do abecedário (pancada da mãe, o nome do pai começa por A e o meu também), ora então a escolha pela ordem do abecedário por parte da mãe e do pai de forma unânime seria: Amélia, Benedita, Caetana (foi logo carta fora), Constança (nome presente em várias gerações da família paterna), Irene, Júlia (nome da minha bisa paterna), Vitória e outros tantos que apareceram e desapareceram assim num ápice ;). Foi giro, nos últimos meses adorei estar grávida, andava bem e estas conversas faziam-me rir, ou seja, já não queria saber muito porque estava a entrar naquela fase zen... 

Numa das idas ao CTG talvez nas 38 semanas uma enfermeira perguntou "então e é menina ou menino? e vai-se chamar como?" a resposta foi a mesma... só no dia em que nascer, a senhora ficou emburrada e lá respondeu em tom de graça que podíamos registar até um mês depois do nascimento. Ok amiga... ok... Na semana seguinte novo CTG, e nascia no dia a seguir. Enfermeiras que já conhecera nos tempos de estágio, auxiliares, a mesma pergunta... nada... até que uma auxiliar simpática perguntou, eu já estava a começar a ficar cansada que olhei para o A. e disse olha fica Francisca, e sim, este nome não está lá em cima na dita lista...tínhamos falado entre nós os dois e foi um pouco surpresa para todos.

Saímos do Alentejo com uma possível Júlia ou quiçá Luísa na barriga (tínhamos falado nesse nome à família mais próxima) e chegámos com uma Francisca. Ahahahah aqueles dois não tinham mesmo a certeza de nada.

Entretanto foram-nos perguntando se tinha cara de Francisca... tem a cara mais fofa, estou apaixonada por ela e não me importo que tenha o diminutivo de Xica, tem a cara dela independentemente do nome que fosse escolhido. Para mim dar um nome é de uma grande responsabilidade, identifica o indivíduo, influência na personalidade e define a pessoa enquanto ser. A verdade é que não há necessidade nenhuma de arranjar logo diminutivos, eu trato a minha filha pelo nome e não pelo diminutivo. Vai ter tempo de a chamarem por aquilo que ela gostar. Entretanto pessoas que mal conhecemos, mas que com certeza estão velhas e iguais há anos ficam intrigadas, mas "FRANCISCA PORQUÊ?? Maria vai já descobrir, tens de descobrir se existe alguém na família, pergunta à sogra, pergunta, vai lá saber raios... " (isto pode dar cabo dos nervos das velhas ok?!) resposta da sogra: é Francisca por causa do Papa Francisco. Ok gostei da resposta e o Papa até é um simpático por isso acho a resposta excelente. 

Resumo em jeito de conclusão: Dar o nome aos filhos só aos pais diz respeito, seja feio, seja bonito é a escolha dos pais. Existem formas simpáticas, em especial nesta fase que na maioria é de felicidade estrema, de concordar com o gosto dos pais. Revela educação e amizade. Se se gostar boa, se não se gostar boa na mesma. Não vamos baralhar mais, especialmente quando medos e stress influenciam nas decisões importantes a tomar.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

"Baby blues" ou as hormonas aos saltos!!

A bebé nasceu, ambicionei um parto normal, fiz tudo para que fosse normal. Emagreci, controlei a dieta, caminhei... ambicionei de mais, mas no momento em que já estou há 12 horas em trabalho de parto peço ao médico que avance para a cesariana, ela não está nem perto nem com vontade de sair... Estava estranhamente calma, senti tudo, repuxa para aqui e para ali. Nasceu e chorou logo... pensei, já cá está... chorei muito, fiquei com as lentes dos óculos embaciadas (levei os óculos, é verdade...) a minha frase foi " é tão pequenina!"... depois desapareceu tudo e fiquei a ser cosida (soa mal, mas eu senti-me assim mesmo) sozinha, com frio e muita comichão.... o meu pensamento foi que tinha chorado e que não ia ter medo de ser mãe e de amar a minha filha... Passados três dias chegamos a casa, à realidade que nos esperava, e o click, atrás da porta de casa esperava também o baby blues. Pensei logo que ia ter uma depressão ou coisa parecida, meti na cabeça que sim, e mesmo que não quisesse tive. Foi uma mistura de melancolia, desespero, medo de ficar com a bebé e falhar, raiva por ter dúvidas se a amava, descompensação hormonal, subida de leite, privação de sono... Na segunda semana tudo tal e qual, resolvi falar com uma amiga que me falou da possibilidade de apoio, mas ela foi o apoio... tive ansiosa, falei com o meu médico ob. e ele disse-me que era normal, acrescentou que vão haver dias que só nos vai apetecer jogá-los pela janela, mas por favor para não o fazer (jeito suave e bem disposto, pôs-me logo a sorrir... adoro o meu ob). Duas semanas e tudo mais calmo, a privação do sono é agora natural e as hormonas que vieram para ficar fazem o seu trabalho. Há curtos momentos em que penso que vai janela fora, mas logo de seguida vem um amor maior que este mundo e o outro. Tive momentos (o que será que ainda aí vem) em que pensei que merecia mais apoio e que deveria ir para perto ou das minhas irmãs ou de alguém, cheguei a chamar uma amiga para lhe pegar ao colo só para ir ao wc e chorar mais um bocado, apercebi-me mais uma vez por mim e por todas as mães que passaram por isto, que é normal e mais cedo ou mais tarde organizamos-nos e daqui a nada o tempo passou e já tenho saudades.

*hoje às 5h30 da manhã tivemos festa e um campeonato entre mãe e filha, o campeonato era onde dormiria a chiquitita, na cama dela (a noite passada foi belíssima) ou junto a mim (foi a primeira noite e acabou a palheta)... tive segundos de loucura e resolvi adormecê-la ao meu colo, para não me deixar dormir peguei no telemóvel e ouvi esta música que anda aí a deixar muitas mães com a lágrima no canto do olho, e eu não fui excepção! Abracei-a calmamente e às 7h45 empatamos o campeonato... ficou a dormir na caminha dela!


notinha: para quem se lembrar de descer até aqui... e para quem já me conhece aqui nesta blogoesfera já sabe que conto tudo para partilha, por não ser a única. Para quem não me conhece assim tão bem fica a saber que sou assim desde sempre (a minha mãe fez-me educadinha, mas sem filtro ;) )